sábado, 23 de maio de 2015

Clarice Lispector - A Paixão Segundo G.H. - fragmento








No entanto se deveria dizer assim: ela está muito feliz porque finalmente foi desiludida. O que eu era antes não me era bom. Mas era desse não-bom que eu havia organizado o melhor: a esperança. De meu próprio mal eu havia criado um bem futuro. O medo agora é que meu novo modo não faça sentido? Mas por que não me deixo guiar pelo que for acontecendo? Terei que correr o sagrado risco do acaso. E substituirei o destino pela probabilidade.

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