segunda-feira, 21 de março de 2011

Que só eu que podia
/Dentro da tua orelha fria
/Dizer segredos de liquidificador...




Poema de Manuel Antônio de Almeida


Mulher, irmã, escuta-me: não ames
Quando a teus pés um homem terno e curvo
Jurar amor, chorar pranto de sangue,
Não creias, não, mulher: ele te engana!
As lágrimas são galas da mentira
E o juramento manto da perfídia.

Gala = enfeite perfídia = deslealdade, traição

Tradução de Manuel Bandeira

Teresa, se algum sujeito bancar o sentimental em cima de você
E te jurar uma paixão do tamanho de um bonde
Se ele chorar
Se ele ajoelhar
Se ele se rasgar todo
Não acredite não Tereza
É lágrima de cinema
É tapeação
Mentira
Cai fora.

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