domingo, 5 de abril de 2015

Mitologia (o excesso que mata o amor)


Conta um mito que o filho de um Deus (com uma humana – portanto um semideus) e uma bela moça se apaixonaram e começaram a agir descomedidamente. Isolaram-se de tudo e todos, por honra do amor. Não mais interagiam com os habitantes da cidade e se apartaram das famílias, por medo de se perderem um do outro.  
O pai do rapaz era deus do comedimento, moderação, prudência e não admitia o comportamento do filho. Proibiu o relacionamento. Avisou por três vezes que, se insistissem, seriam castigados pela eternidade e somente assim entenderiam que amor não era o que pensavam. O casal insistiu, ignorando a proibição.
O Deus, então, ordenou que fossem acorrentados, de tal forma que ficassem pela eternidade abraçados. Eles nada entenderam, pois se atar para todo o sempre era o que mais desejavam. Supuseram ser um erro: “ Ele fez o exatamente o que queríamos!”
Assim permaneceram durante, algum tempo, felizes.
Até que em um dia o amor deu lugar à  fome e um comeu o outro.


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