Não é, acredite
em mim, próprio do sábio dizer “eu viverei”. A vida de amanhã é tarde demais.
Viva hoje. Póstumo, que amanhã tu vais viver? Dize-me, Póstumo, quando chega
esse amanhã? Amanhã começas a viver, dizes tu, Póstumo. Sempre amanhã, mas
quando chega esse amanhã? Onde está ele? Falta muito? Onde se pode saber? E que
preço tem? Amanhã vives, mas hoje, Póstumo, o dia já vai findando. Sábio é o
que viveu a sua vida ontem. (in Telhados de Vidro Nº 7, tradução de Alberto
Pimenta.)
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