quinta-feira, 23 de abril de 2015
Clarice, Um Sopro de Vida (trecho)
Saber desistir. Abandonar ou não abandonar — esta é muitas vezes
a questão para um jogador. A arte de abandonar não é ensinada a
ninguém. E está longe de ser rara a situação angustiosa em que devo decidir
se há algum sentido em prosseguir jogando. Serei capaz de
abandonar nobremente? ou sou daqueles que prosseguem teimosamente
esperando que aconteça alguma coisa? como, digamos, o próprio fim do
mundo? ou seja lá o que for, como a minha morte súbita, hipótese que
tornaria supérflua a minha desistência?
Eu não quero apostar corrida comigo mesma.
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