"– Pra semana... – O sinal... – Eu procuro você... – Vai abrir, vai abrir... – Eu prometo, não esqueço, não esqueço... – Por favor, não esqueça, não esqueça... – Adeus! – Adeus! – Adeus!" (Paulinho da Viola)
Sinto você tão perto
sinto você tão longe
Não sei o som do seu “sim”,
do seu “nao”, do seu “sei’” do seu “entendo”,
do seu “gostei”
do seu “riso”
Não sei a cara da sua saudade
nem a do seu “euteamo”
às vezes rejeito o seu “:)” - inalcançável
o “;)” pode ser uma ironia?
Não vejo seu rosto...
Pior: vejo sua imagem num quadradinho pequeno
uma janela sem vidro
- sempre a mesma expressão...
(e se esse seu sorriso digital aparecer num dia pálido?)
assim ficamos fragmento
assim ficamos no “até mais”
“a gente se fala a gente se vê”
O que faz dessa realidade de pixels e teclas
- sem gosto, sem cheiro, sem pele -
algo tão fácil
tão pouco íntimo
e tão atropelado?
tudo é rápido
tudo interrompe
e os nossos sinais - que antes interrompiam o Tempo
agora
caem...
“Você não está conectado à internet
Você não está conectado à internet
(Ativar AirPort...)
Você não está conectado à internet
(Ativar AirPort...)
A conexão a internet parece estar desativada.
diagnóstico de rede...
eles caem,
ELES CAEM
na
solidão.
status, away...
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