domingo, 12 de dezembro de 2010
O Ponto Cego - Leiam!
Rafael Raposo em cena de "O Ponto Cego"
crédito da imagem: crédito Roberto Filho
Eu sou o que deixaram sob o tapete, o que à noite se esgueira pelos corredores, chorando. Sou o riso no andar de cima, muito depois que uma criança morreu. Sou o anjo no alto da escada de onde alguém acaba de rolar. Sou todos os que chegam quando ninguém suspeita: saem de trás das portas, das entrelinhas, do desvão.
Eu sou o narrador e não preciso de platéia. Sou o espreitador e não preciso olhar pra frente. Vago pelos corredores e subo nos telhados, entro nos quartos, desço as escadas, limpo um canto de jardim - mas preservo o enigma.
(LUFT, Lya. O Ponto Cego. Ed Mandarim)
[Há um peça baseada no livro em cartaz, procurem saber - deixo a dica]
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